quinta-feira, 20 de maio de 2010

PIMENTAS


Provoque o paladar com pimenta.

Ela pode deixar os pratos pegando fogo, apenas um pouco mais picantes ou emprestar a eles um sabor suave, mas marcante.
Além disso, melhora o humor de quem a consome com freqüência.
Originária das Américas, a pimenta é um dos condimentos mais antigos da culinária.
Os mais remotos registros arqueológicos de seu uso datam de aproximadamente 9 mil anos atrás, no México.
No Brasil fazia parte da alimentação das tribos indígenas.
Não à toa, é tempero típico de diversas regiões do pais, cultivado principalmente nos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás.
“A pimenta dá alegria ao paladar, transmite energia e é provocante e sensual, diz o chefe de cozinha Rodrigo Oliveira, do restaurante nordestino Mocotó em São Paulo.”
Isso porque esse fruto fresco estimula a liberação de endorfina, proporcionando sensação de bem estar e melhorando o humor de quem consome regularmente, confirma Rosa Barbieri, pesquisadora da Embrapa.
Para Napoleon Valdez Altura, sócio do restaurante tailandês Thai Gardens, em São Paulo, não há receita sem pimenta.
“Usamos muito a dedo-de-moça porque ela harmoniza com o sabor do carry, um dos principais ingredientes da cozinha tailandesa.”
Por ser um tempero forte, o segredo está na moderação.

Acerte na escolha.
A pimenta mais fresquinha tem consistência firme e aparência brilhante, sem
Manchas.
“Um truque é verificar se o cabinho, o pedúnculo está verde”, revela Rosa Barbieri.
“Nos supermercados, o produto deve ficar em local bem ventilado e livre de odores”.
Já em casa, o melhor é conservá-lo na geladeira, em sacos de papel fechado.
“A durabilidade, no entanto, varia de acordo com o tipo”.
O fruto fresco, se bem armazenado dura até 15 dias, afirma Rosa.

Ardida ou suave.
“A aparência não permite identificar se uma pimenta é muito ardida.”
“Dois tipos parecidos podem diferir muito em relação a essa característica”.
Alerta Rosa Barbieri, da Embrapa.
Isso porque a capsaicina, substância que causa a ardência , está concentrada nas fibras internas do fruto.
“Na hora da compra, sempre é bom perguntar se aquele tipo é bem picante ou se tem sabor mais suave”, orienta ela.
Mas atenção: o ardor não atinge apenas a boca.
As mãos devem ser protegidas com luvas na hora de manusear a pimenta.
“Um truque para deixá-la menos picante é remover cuidadosamente a camada interna e as sementes”, ensina a pesquisadora.
“Esse condimento pode ser consumido até por crianças, no México elas adoram balas e pirulitos cobertos com pó de pimenta vermelha, bem ardida”.
È uma questão cultural.

Tempero que faz a difença:
Todas essas pimentas são cultivadas no Brasil, mas a melhor época de compra de cada tipo varia conforme a região.
Então, é bom aproveitar quando elas aparecem mais nos supermercados e nas feiras livres e prepará-las como conserva ou molho, que duram bastante tempo.

Tipos de pimenta:
Jalapeno:

É muito picante e aromática.
O nome homenageia a cidade de Jalapa, Capital de Vera Cruz.
Verde ou vermelha, pode ser consumida in natura pelos mais corajosos ou em molhos para taco e burrito.


Doce:
Menos perfumada que as outras, tem sabor levemente adocicado e nada picante.
É ótima em acompanhamento para carne.
Também fica saborosa como substituta do pimentão.


Americana:
Variação de pimenta doce, é bastante utilizada no sul do pais.
Vai bem com carnes.
Cambuci:
Com sabor adocicado, essa versão em formato de sino é deliciosa em molhos para peixes ou saladas e recheios de pastéis e tortas.
Em pratos quentes, conserva melhor o frescor se for acrescentada no final do cozimento.


Dedo-de-moça:
Tem sabor e aroma suave.
É ótima em molhos para acompanhar carnes, tapioca e cozido de feijão, em doces cremosos, musse de chocolate e sorvete de frutas.
E ainda acrescenta sabor gostinho exótico à caipirinha.

Biquinho:
De paladar agradável, serve para temperar molhos que podem ser servidos com carnes e massas leves, com tomate e salsinha.
Em conserva, é ideal para saladas.

Bode:
Vermelha ou amarela, é parecida com uma pitanga e bastante ardida.
Excelente para caldos e molhos, especialmente os que acompanham peixes.
As pimentas mais maduras são utilizadas em conservas.

Malagueta:
Bastante picante, esta variedade de origem brasileira pode ser vermelha ou verde.
Muito popular em todo o pais, é boa em molhos para carne de porco ou no tradicional arroz com feijão.


Comari:
Este tipo brasileiro é muito picante, mas tem aroma pouco pronunciado.
Dá um toque especial ao arroz branco, molhos cozidos e marinadas para carnes brancas.
Na Itália, recebe o nome de peperoncino.
Pimentas de cheiro:
De diferentes cores e formatos, são típicas da culinária nordestina, em especial a baiana.
Seu aroma é marcante e o sabor varia entre suave e forte.
Tempera bem peixe, frango e saladas.

Pimentas de cheiro:
De diferentes cores e formatos, são típicas da culinária nordestina, em especial a baiana.
Seu aroma é marcante e o sabor varia entre suave e forte.
Tempera bem peixe, frango e saladas.


Revista Cláudia





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