É pela delicadeza do sabor, da textura e do aroma que a pêra se destaca no universo das frutas.
E empresta todas essas qualidades a receitas sofisticadas de doces e salgados.
Originária de regiões de clima temperado, a pêra é um pseudofruto, ou seja um pomo formado pela polpa em torno do receptáculo da flor, como a maça, ambas da família Rosaceae .
Os diferentes tipos derivam da planta Pyrus commnis (européia) e da Pyrus pyrifolia (asiática).
Atráz da uva e da maça, ela ocupa o terceiro lugar entre as frutas mais cultivadas no mundo.
Portugal, Estados Unidos, Itália, Argentina, Chile e Austrália são os grandes produtores.
Gregos e romanos são referência na disseminação dessa fruta.
O poeta clássico Homero já a chamava de “presente dos deuses”.
Mas a pêra aparecia em desenhos da civilização suméria cerca de 5 mil anos atrás.
Ingrediente requintado na culinária, o paladar refinado dessa fruta valoriza muitos pratos doces e salgados.
“A pêra acrescenta textura às receitas por ser ao mesmo tempo macia e AL dente e empresta doçura e aroma, que suavizam sabores mais fortes” diz William Ribeiro chef e sócio do restaurante: O pote do Rei, em São Paulo, que a utiliza em pratos como terrine de fígado de pato.
Depois de cortada, ela passa por um processo de oxidação, o que deixa a polpa escura.
Para evitar esse aspecto indesejado, o chef tem um truque:
“Mergulho os pedaços em água gelada com limão”.
Isso também mantêm o frescor até o momento de saboreá-la.
O ponto ideal:
Para saber se a fruta é boa para o consumo, os produtores indicam o teste do polegar: uma leve pressão na base do cabinho.
Se a polpa ceder ligeiramente ela estará no ápice da doçura e suculência.
Já se essa área for mole, é sinal de que a pêra está passada e, provavelmente escura por dentro.
O ideal é comprá-la bem firme, mas não dura demais, e deixar amadurecer em temperatura ambiente antes de levá-las à geladeira.
“Dessa forma, ela irá durar até quatro dias , pois o amadurecimento desacelera, mas não cessa com a refrigeração”, ensina Lucia Harumi , dona da banca de frutas Bienal, em São Paulo.
Matéria jornal Paladar
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